Guamaré realizou na noite do ultimo dia 19/04, a segunda e última Conferência Livre do município, no Clube
Municipal Vicente de Brito Miranda. A conselheira Geovânia Marinho,
representante da Secretaria Municipal de Educação no CMDCA, fez uma breve fala
de abertura agradecendo a presença de todos, destacando aquele momento propício
para debate e diferentes opiniões. Ela destacou também que o processo
democrático das Conferências Livres culminaria na III Conferência Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, prevista para acontecer em novembro deste
ano.
Em seguida, o coordenador da
Comissão Organizadora, Caio Farias, apresentou os adolescentes do NUCA para
exibição teatral que também aconteceu em Baixa do Meio, trazendo temas como
maus tratos contra crianças e violência e discriminação contra adolescentes
pela orientação sexual. Mais uma vez, o espetáculo escrito e dirigido pela
professora Gabriela Barbosa, do Programa Acolher, manteve o público atento a
temas espinhosos e pouco debatidos com os jovens. No encerramento da peça, o
Mobilizador de Jovens do Selo UNICEF, Jean Carlos, que fez as vezes do
adolescente Deivid Souza numa das apresentações, pediu a todos um minuto de
silêncio pelo falecimento do avô de seu amigo, que não pôde estar presente.
Os grupos se envolveram nas discussões do tema conferencial:
Proteção Integral, Diversidade e Enfrentamento à violência, coordenados pelas
facilitadoras Renata Leão, Nádia Raphaela e Ana Catarina França. Finalizadas as
discussões, os adolescentes se organizaram para apresentar as propostas
levantadas, e depois foram até a frente do palco para concorrer a escolha de
delegados da III Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
de Guamaré.
Eles expuseram seus motivos
para representarem o segmento na Conferência, como combate ao racismo, muito
presente nas escolas e ainda motivo de bullying, o enfrentamento à violência
sexual e maus tratos contra crianças e adolescentes, e o respeito à diversidade
sexual e religiosa. Todos foram muito bem articulados, mas 12 adolescentes
foram eleitos, representantes de diferentes grupos, entidades e escolas de
Guamaré.
O pequeno Mickael disse que
achou muito boa a experiência, que aprendeu coisas novas e agora entende seus
direitos quanto à Proteção Integral. O jovem Mário compartilhou da experiência
do amigo, e disse que pôde falar sobre coisas que considera erradas e sem
sentido, e que devem melhorar. Também entendeu que deve procurar o Conselho
Tutelar para fazer denúncias, porque o papel deles é defender os direitos das
crianças e adolescentes.
Mais uma vez esses momentos
de diálogo com a sociedade, principalmente com os adolescentes, se mostraram
ricos e cheio de ideias e propostas interessantes. Deu para perceber pela fala
dos jovens que a consciência democrática já faz parte do seu dia-a-dia, o que
mostra o resultado de uma gestão comprometida em formar cidadãos de excelência
para atuar na sociedade. ¨Se depender de seus jovens, Guamaré terá um futuro
brilhante à frente¨.